Gray Matter é um projeto da escritora e design de games Jane Jensen, responsável pela celebrada série de “point-and-click” Gabriel Knight, que embalou os PCs durante os anos 90 — época em que um jogo de ação em 3D com câmera móvel pareceria um absurdo, dadas as baixas capacidades tecnológicas. Aliás, é exatamente esse estilo retrô que a autora resolveu manter, a fim de propiciar maior imersão à atmosfera de mistério do título.
Após algum tempo de dedicação exclusiva à literatura, Jane Jensen resolveu revisitar o design de games. Entretanto, como um contraponto aos ambientes místicos envolvendo lobisomens, vampiros e vudu, Gray Matter, embora sem abandonar o clima sobrenatural, é mais focado nos domínios da mente e nas potencialidades ainda desconhecidas do cérebro — lacuna que permite uma grande viagem por parte da autora, como já era de se esperar.
Gray Matter conta a história do neurobiologista David Styles. Desde a morte da sua esposa em um horrível acidente há vários anos — alguns clichês são inevitáveis, aparentemente —, Styles adotou um estilo de vida recluso, consumindo a maior parte dos seus dias em sua propriedade de campo, a mansão Dread Hill. Dr. Styles ostenta ainda uma máscara sobre o rosto, a fim de esconder as cicatrizes do infausto acidente — sim, são mesmo inevitáveis.
Como jogador, você poderá controlar tanto David quanto Samanta, ambos empenhados em encontrar a verdade por trás dos pitorescos acontecimentos da mansão. Entretanto, enquanto o neurobiologista lança mão de um “modus operandi” mais focado nos mistérios e potencialidades da mente, Samanta vai se dedicar mais à resolução de puzzles. Enfim, cada um com habilidades específicas.
0 comentários:
Postar um comentário